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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

seem palavras

Ricardinho não agüentou o cheiro bom do pão e falou: - Pai, tô com fome!!! O pai, Agenor , sem ter um tostão no bolso, caminhando desde muitocedo em busca de um trabalho, olha com os olhos marejados para o filhoe pede mais um pouco de paciência... - Mas pai, desde ontem não comemos nada, eu tô com muita fome, pai!!! Envergonhado, triste e humilhado em seu coração de pai, Agenor pedepara o filho aguardar na calçada enquanto entra na padaria a suafrente... Ao entrar dirige-se a um homem no balcão: - Meu senhor, estou com meu filho de apenas 6 anos na porta, com muitafome, não tenho nenhum tostão, pois sai cedo para buscar um emprego enada encontrei, eu lhe peço que em nome de Jesus me forneça um pãopara que eu possa matar a fome desse menino, em troca posso varrer ochão de seu estabelecimento, lavar os pratos e copos, ou outro serviçoque o senhor precisar!!! Amaro , o dono da padaria estranha aquele homem de semblante calmo esofrido, pedir comida em troca de trabalho e pede para que ele chame ofilho... Agenor pega o filho pela mão e apresenta-o a Amaro, que imediatamentepede que os dois sentem-se junto ao balcão, onde manda servir doispratos de comida do famoso PF (Prato Feito) - arroz, feijão, bife eovo... Para Ricardinho era um sonho, comer após tantas horas na rua... Para Agenor , uma dor a mais, já que comer aquela comida maravilhosafazia-o lembrar-se da esposa e mais dois filhos que ficaram em casaapenas com um punhado de fubá... Grossas lágrimas desciam dos seus olhos já na primeira garfada... A satisfação de ver seu filho devorando aquele prato simples como sefosse um manjar dos deuses, e lembrança de sua pequena família emcasa, foi demais para seu coração tão cansado de mais de 2 anos dedesemprego, humilhações e necessidades... Amaro se aproxima de Agenor e percebendo a sua emoção, brinca para relaxar: - Ô Maria!!! Sua comida deve estar muito ruim... Olha o meu amigo estáaté chorando de tristeza desse bife, será que é sola de sapato?! ?! Imediatamente, Agenor sorri e diz que nunca comeu comida tãoapetitosa, e que agradecia a Deus por ter esse prazer... Amaro pede então que ele sossegue seu coração, que almoçasse em paz edepois conversariam sobre trabalho... Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas e começa a almoçar, já quesua fome já estava nas costas... Após o almoço, Amaro convida Agenor para uma conversa nos fundos dapadaria, onde havia um pequeno escritório... Agenor conta então que há mais de 2 anos havia perdido o emprego edesde então, sem uma especialidade profissional, sem estudos, eleestava vivendo depequenos 'biscates aqui e acolá', mas que há 2 meses não recebia nada... Amaro resolve então contratar Agenor para serviços gerais na padaria,e penalizado, faz para o homem uma cesta básica com alimentos parapelo menos 15 dias... Agenor com lágrimas nos olhos agradece a confiança daquele homem emarca para o dia seguinte seu início no trabalho... Ao chegar em casa com toda aquela 'fartura', Agenor é um novo homemsentia esperanças, sentia que sua vida iria tomar novo impulso... Deus estava lhe abrindo mais do que uma porta, era toda uma esperançade dias melhores... No dia seguinte, às 5 da manhã, Agenor estava na porta da padariaansioso para iniciar seu novo trabalho... Amaro chega logo em seguida e sorri para aquele homem que nem elesabia porque estava ajudando... Tinham a mesma idade, 32 anos, e histórias diferentes, mas algo dentro delechamava-o para ajudar aquela pessoa... E, ele não se enganou - durante um ano, Agenor foi o mais dedicadotrabalhador daquele estabelecimento, sempre honesto e extremamentezeloso com seus deveres... Um dia, Amaro chama Agenor para uma conversa e fala da escola queabriu vagas para a alfabetização de adultos um quarteirão acima dapadaria, e que ele fazia questão que Agenor fosse estudar... Agenor nunca esqueceu seu primeiro dia de aula: a mão trêmula nasprimeiras letras e a emoção da primeira carta... Doze anos se passam desde aquele primeiro dia de aula... Vamos encontrar o Dr. Agenor Baptista de Medeiros , advogado, abrindoseu escritório para seu cliente, e depois outro, e depois maisoutro... Ao meio dia ele desce para um café na padaria do amigo Amaro, que ficaimpressionado em ver o 'antigo funcionário' tão elegante em seuprimeiro terno... Mais dez anos se passam , e agora o Dr. Agenor Baptista, já com umaclientela que mistura os mais necessitados que não podem pagar, e osmais abastados que o pagam muito bem, resolve criar uma Instituiçãoque oferece aos desvalidos da sorte, que andam pelas ruas, pessoasdesempregadas e carentes de todos os tipos, um prato de comidadiariamente na hora do almoço... Mais de 200 refeições são servidas diariamente naquele lugar que éadministrado pelo seu filho , o agora nutricionista RicardoBaptista... Tudo mudou, tudo passou, mas a amizade daqueles dois homens, Amaro eAgenor impressionava a todos que conheciam um pouco da história decada um... Contam que aos 82 anos os dois faleceram no mesmo dia, quase que amesma hora, morrendo placidamente com um sorriso de dever cumprido... Ricardinho , o filho mandou gravar na frente da 'Casa do Caminho', queseu pai fundou com tanto carinho: 'Um dia eu tive fome, e você me alimentou. Um dia eu estava semesperanças e você me deu um caminho. Um dia acordei sozinho, e você medeu Deus, e isso não tem preço. Que Deus habite em seu coração ealimente sua alma. E, que te sobre o pão da misericórdia para estendera quem precisar!!!'
'Todo pensamento, se repetido, passa a exercer domínio.' "Se compreendesses o amor de Deus, deixarias de mendigar qualquer amor!"
(História verídica) 

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